Baleias no Deserto

Tiago Novaes

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Falávamos do fim do mundo no meio da pandemia. Câmeras. Eu, Tiago Novaes e Andrea Berriell. Ele já tinha um projeto de escrita no qual queria mergulhar – e experimentar a psilocibina. Já tinha lido um monte de coisas a respeito. Vamos para o México? No meio da pandemia? Será que na Chapada dos Veadeiros não tem? Tava todo mundo em crise. Crise conjugal, o mundo estava virando e tínhamos medo de morrer de COVID. Algo em comum nos salvava: o projeto da revista e os ensaios que estávamos escrevendo. Andrea topou conversar com o cogumelo e disse que tinha uma amiga, a Mel, que saiu de Curitiba para morar na Chapada e que quem sabe soubesse algo. Ela sabia tudo. Podemos ir, Mel? Venham. Tem uma casa aqui que sugiro, já fiquei lá, colada na minha. E em uma semana estava tudo arranjado. Tiago disse que um amigo, Reynaldo Damazio também queria conversar e ir com a gente. Aquele das oficinas? Claro! E fomos. O que aconteceu? Tiago conta.

Confira também

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Anita Deak mostra como a linguagem literária é poderosa e como cabe coisa dentro dela. Cabe uma vida, duas ou três, uma floresta inteira, povos e comunidades e a luta política ocorrida na ditadura militar brasileira.
Roxo_foto

Roxo

Andrea Berriell

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Ouvi vozes, sonhei e acordei suada no meio da noite. Não eram quatro, mas cinco investigadoras: estive o tempo todo dentro do livro. E o livro dentro de mim. Gozo. Sangue. Infância, injustiça social, traição, inveja, amor.
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Quarto de despejo

Carolina Maria de Jesus

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Ela, Carolina Maria de Jesus. O lugar, favela do Canindé, anos cinquenta. “Devo incluir-me, porque eu também sou favelada. Sou rebotalho. Estou no quarto de despejo, e o que está no quarto de despejo ou queima-se ou joga-se no lixo”. Todos os dias ela nos conta quantos cruzeiros conseguiu.