No fundo do oceano os animais invisíveis

Anita Deak

4/5

Anita Deak mostra como a linguagem literária é poderosa e como cabe coisa dentro dela. Cabe uma vida, duas ou três, uma floresta inteira, povos e comunidades e a luta política ocorrida na ditadura militar brasileira. Cabe tortura, cabe cadela, cabem os irmãos e a amizade. Somos levados como que por um rio, numa corrente que ela cria com as palavras. Assim que começamos seu livro entramos em um barco, nos jogamos na correnteza das letras. E vamos até o fim. Belíssima homenagem aos guerrilheiros do Araguaia.

Confira também

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Baleias no Deserto

Tiago Novaes

4/5
Falávamos do fim do mundo no meio da pandemia. Câmeras. Eu, Tiago Novaes e Andrea Berriell. Ele já tinha um projeto de escrita no qual queria mergulhar – e experimentar a psilocibina. Já tinha lido um monte de coisas a respeito. Vamos para o México? No meio da pandemia? Será que na Chapada dos Veadeiros não tem? Tava todo mundo em crise. Crise conjugal, o mundo estava virando e tínhamos medo de morrer de COVID. Algo em comum nos salvava: o projeto da revista e os ensaios que estávamos escrevendo.
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Roxo

Andrea Berriell

4/5
Ouvi vozes, sonhei e acordei suada no meio da noite. Não eram quatro, mas cinco investigadoras: estive o tempo todo dentro do livro. E o livro dentro de mim. Gozo. Sangue. Infância, injustiça social, traição, inveja, amor.
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Quarto de despejo

Carolina Maria de Jesus

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Ela, Carolina Maria de Jesus. O lugar, favela do Canindé, anos cinquenta. “Devo incluir-me, porque eu também sou favelada. Sou rebotalho. Estou no quarto de despejo, e o que está no quarto de despejo ou queima-se ou joga-se no lixo”. Todos os dias ela nos conta quantos cruzeiros conseguiu.