O Outro

Rubem Fonseca

/5

Um personagem em meio a papéis, telefonemas e reuniões extenuantes. O conto de Rubem Fonseca, O Outro, vem nos dizer que não, isso não é a vida. Ela é o mendigo que aparece pedindo dinheiro. A gente desvia, não quer ver. Só que ela insiste. Suja, empobrecida, carente. Exige que a gente a olhe de frente. A vida pulsa, por mais que a gente a sufoque dentro de um escritório. Nosso coração dispara toda vez que tentamos colocá-la dentro de uma gaveta. A vida está na rua, nos espera na esquina. E pode virar um pesadelo se não pararmos para ela. Agora sim, segunda-feira.

Confira também

baleias-no-deserto

Baleias no Deserto

Tiago Novaes

4/5
Falávamos do fim do mundo no meio da pandemia. Câmeras. Eu, Tiago Novaes e Andrea Berriell. Ele já tinha um projeto de escrita no qual queria mergulhar – e experimentar a psilocibina. Já tinha lido um monte de coisas a respeito. Vamos para o México? No meio da pandemia? Será que na Chapada dos Veadeiros não tem? Tava todo mundo em crise. Crise conjugal, o mundo estava virando e tínhamos medo de morrer de COVID. Algo em comum nos salvava: o projeto da revista e os ensaios que estávamos escrevendo.
4/5
Anita Deak mostra como a linguagem literária é poderosa e como cabe coisa dentro dela. Cabe uma vida, duas ou três, uma floresta inteira, povos e comunidades e a luta política ocorrida na ditadura militar brasileira.
Roxo_foto

Roxo

Andrea Berriell

4/5
Ouvi vozes, sonhei e acordei suada no meio da noite. Não eram quatro, mas cinco investigadoras: estive o tempo todo dentro do livro. E o livro dentro de mim. Gozo. Sangue. Infância, injustiça social, traição, inveja, amor.